Charles Chaplin

Charles Chaplin
"Há uma coisa tão inevitável quanto a morte: a vida."

segunda-feira, 31 de maio de 2010

CURTA

'O menor ruído pode ser a luz na escuridão"

                                 Leandro Salomão

2 comentários:

  1. Leandro, em um acaso encontrei seu blog, sou escritor e artista plástico; Me admirei com as "curtas" frases, frases com fundo psicológico e realistas, pequenos fragmentos de filosofia, assim deveria se chamar.

    Abraços,
    Hugo Rivas.

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  2. "Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
    Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade
    que tenho deles.
    A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite
    que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem
    intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
    E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido
    todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os
    meus amigos!
    Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o
    quanto minha vida depende de suas existências ...
    A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
    Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
    Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer
    o quanto gosto deles.Eles não iriam acreditar.
    Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão
    incluídos na sagrada relação de meus amigos.
    Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não
    declare e não os procure.
    E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de
    como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu
    equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu,
    tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto
    pela vida.
    Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
    Se todos eles morrerem, eu desabo!
    Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
    E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida
    ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
    Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
    Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma
    lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...

    Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da
    vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando
    comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e,
    principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que
    são meus amigos!

    A gente não faz amigos, reconhece-os.

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